[Intro] Organização Não Governamental Segundo Luar - Blood Devotion.

Após receber um boa noite bastante direto e frio do motorista que era nitidamente um vampiro, logo, era como a grande maior parte deles, reservado e individualista, Lazuli era levada de carro até o local sendo que ela notava que o carro era todo escuro, seus vidros, seus bancos, tudo, nem mesmo uma unica luz acessa ali o que faz sentido já que essa raça não gosta de luz por ser seu ponto fraco não por mata-los e sim por enfraquece-los onde dependendo do caso até mesmo a mortalidade fica exposta, assim sendo, faz total sentido o piloto dirigir totalmente no escuro embora ainda fosse dia apesar de estar bem no final da tarde o que dava um forte aspecto de noite que já estava chegando. O som do vidro sendo limpo era constante por causa da chuva que não parava de cair e após cruzar um bom percurso eles enfim chegavam ao local.

-Senhorita Lazuli, chegamos a seu destino, irei espera-la aqui para seu retorno, mas não precisa ter pressa, esperarei o tempo que for, ordens da senhora Aleera. O chofer saia do carro carregando consigo um imenso guarda-chuva ao qual abriu, se guiou até a porta onde Lazuli estava e a abriu a porta a oferecendo seu guarda-chuva para ela mesmo a custo de se molhar ficando do lado de fora, parecia não se importar com isso. A chuva estava bem forte e os trovões bem altos e os clarões dos relâmpagos bem nítidos, estava mesmo caindo uma tempestade embora mesmo ela, naquele ambiente, parecia se acalmar conforme se aproximava da mansão onde era notável ouvir mesmo que bem baixo o que parecia ser uma musica bastante peculiar e ainda muito baixa por causa da distancia.

*Já acostumada com o jeito de ser dos vampiros, a caçadora não estranhava a forma direta do motorista dizer boa noite, ou o silêncio que reinava no carro conforme iam se afastando do hotel, com ela aproveitando para repassar a missão, as instruções e os planos que tinha formado na mente, às vezes apenas olhando pela janela, com os olhos já acostumados com a escuridão e gostando de ver a chuva caindo lá fora, tendo uma certa conexão com tudo que envolvia água.
Ao chegarem, ela se preparava para descer e quando ia abrir a porta, o motorista era mais rápido, a fazendo corar um pouco quando ela via o guarda-chuva que era oferecido, estando mais acostumada a fazer as coisas sozinha, inclusive já tinha tomado chuva em algumas missões em que tinha sido enviada.*

- Obrigada, ahn.. você pode ficar debaixo do guarda-chuva também, não tem problema...

*Ela descia do carro e se abrigava da chuva, se aproximando cada vez mais da mansão e prestando atenção na música que começava a ouvir, chegando até a ficar parada perto da porta, só escutando a melodia e estranhando um pouco aquela sensação de calmaria que era transmitida, já que geralmente quando saía, ela costumava ficar em alerta quase que 24 horas, até mesmo se adormecia em algum local. Ela permanecia ouvindo a música se perguntando o por que ela a deixava tão calma, acabando por murmurar para ela mesma.*

- Incrível...

*Logo ela balançava a cabeça para colocar os pensamentos em ordem, chegando mais perto da porta e erguendo a destra, batendo três vezes de leve, aguardando alguma resposta enquanto voltava a prestar atenção na música tentando até mesmo indentificá-la.*

O motorista acenou positivamente para Lazuli, fechou a porta do carro que então se trancou totalmente com ele então apertando o botão da chave para deixa-lo totalmente trancado e depois isso seguiu acompanhando a mulher até a mansão onde conforme iam se aproximando a musica ia ficando mais alta chamando a atenção do acompanhando que naquele momento parou de ser tão carrancudo olhando ao redor também bastante vidrado naquele som tipico de uma ocarina, uma flauta feita de forma diferente parecendo ser uma pequena bolsinha de madeira sendo arredondada.

-Sem duvida alguma, é belíssimo... Comentou o homem que acompanhava Lazuli guiando o guarda-chuva para que ela seguisse seca até ali. Quando a porta foi batida a melodia acabou breves segundos depois e agora era só uma questão de esperar. Pouco tempo depois a porta se abria e um homem bastante humilde de cabelos bicolores atendia, metade era branco e metade era negro, seus olhos vermelhos então encaravam a dupla ao lado de fora.

-O-oh! Ahn... Quem são vocês? Vieram buscar alguém? Entrem, protejam-se da chuva, ta caindo o mundo ai fora. O homem então abriu mais a porta expondo mais o local e a si mesmo que parecia um médico, usava jaleco e tudo mais, era bem limpo, organizado, tinha algumas canetas em seu bolso. O homem que acompanhava Lazuli olhou para ela e fez uma reverencia.

-Senhorita Lazuli, irei me retirar, estarei esperando no carro, quando sair, espere alguns segundos eu virei imediatamente, com sua licença. O chofer então retornou todo o caminho com seu guarda-chuvas deixando Lazuli ali em frente a mansão já no ambiente seco e seguro da tempestade. Sem entender bem o homem, o aparente doutor estranhou ele ir embora e acabou deixando a porta aberta mesmo solta ao se lembrar de algo que o guiou de volta para dentro daquela mansão, parecia ser importante e assim que Lazuli entrasse iria perceber que ele estava pegando lenha ao lado da lareira daquela sala e colocando para queimar.

-Deve estar sentindo frio, só um minuto, bom, o por que da vida? Tem interesse em nos ajudar? Desculpe o mal jeito, eu coloquei todos para dormir porque fui chamado para um trabalho importante de ultima hora, me prometeram uma boa recompensa, então infelizmente já estou de saída, mas tenho ainda um tempinho se não tiver problema em eu não servir nada, não vai dar tempo nem de um chazinho, desculpe haha... O homem tinha aparência bastante jovem, parecia ter em torno de 24 anos, em sua roupa havia varios sinais de costura, mas não era horrendo, eram muito bem feitos ao ponto parecerem ser apenas detalhes a mais embora fosse visivel serem remendos apesar de feitos por alguém com uma habilidade muito boa em costura. Ele era um tanto sem graça, parecia preocupado com as coisas, mas não sabia bem o como lidar com elas, era notório que havia coisas demais para ele sozinho fazer e isso era refletido em seu tom de voz de alguém tipico que se faz de feliz quando na verdade tudo parece ir mau.

- Talvez tenha alguém com talentos musicais por aqui...

*Enquanto esperavam a porta ser aberta, ela olhava para o motorista e comentava aquilo em voz baixa, ainda prestando atenção até que tornava a fitar a porta que agora ia se abrindo, com ela dando um passo para frente assim que o homem falava com ela e com o chofer, notando que a música havia parado e pensando que talvez aquele rapaz fosse a pessoa que estava tocando a melodia, mas guardando essa dúvida para ela mesma. Ela fitava o motorista, e fazia um gesto positivo com a cabeça, murmurando.*

- Tudo bem, obrigada. Ahn.. você não precisa fazer uma reverência pra mim.. sabe...

*Ela sabia que a reverência era uma questão de formalidade, educação e ela mesma costumava fazer diante dos superiores dela, mas por ter se acostumado a viver por aí nas missões, ela não se considerava estar acima do chofer a ponto de receber uma reverência, como ela mesma havia feito para Aleera, Verona e Alucard. Ainda assim, ela sorria para o motorista e voltava a atenção para o doutor, acabando por segui-lo, fechando a porta cuidadosamente para que a chuva e o vento frios não interferissem na lareira que ele tinha acabado de reabastecer, o observando atentamente, piscando algumas vezes com a maneira dele falar e fazer tantas coisas ao mesmo tempo, com ela reparando no jeito dele e pigarreando, tornando a dizer enquanto se aproximava e estendia a mão direita.*

- Hm, você quer ajuda com alguma coisa? Sou Shadouhanta, Lazúli para os mais próximos.. é um prazer. Não tem problema, na verdade, eu estou procurando pelo Otto Eintroff, você sabe me dizer se ele está por aqui?

*A hibrida esperava a resposta e enquanto isso, os olhos já treinados para avaliar as pessoas e os locais, já haviam decorado as feições do homem, até mesmo feito uma varredura no lugar, com ela demonstrando mais aquele jeito alerta de antes, principalmente agora que a música tinha deixado de ser tocada, mas ainda assim, ela dava um sorriso de canto para ele quando se apresentava, mantendo a expressão calma, como se pudesse compreender parte da sensação de ter várias coisas para cuidar, o que tornava compreensível a pressa e o tom de voz dele, algo que ela notava justamente por ser treinada para reparar nos mínimos detalhes.*